Expectativas irreais da maternidade: quando a realidade não corresponde ao ideal
As expectativas irreais da maternidade começam, muitas vezes, ainda durante a gestação. A sociedade, os filmes e até as redes sociais criam imagens romantizadas sobre o que significa ser mãe. No entanto, quando o bebê nasce e a rotina se impõe com intensidade, muitas mulheres percebem que a realidade é bem diferente do que imaginaram.
Por que criamos tantas expectativas sobre a maternidade?
Durante a gravidez, é natural sonhar com os momentos ao lado do bebê, com a construção do vínculo e até com uma rotina em harmonia. Contudo, essas expectativas nem sempre refletem a vivência real. Com frequência, a gestante se vê influenciada por padrões inalcançáveis, reforçados por redes sociais e discursos idealizados.
Muitas mães escutam desde cedo que devem dar conta de tudo: cuidar da casa, atender às necessidades do bebê, manter o relacionamento e ainda ter tempo para si. Como resultado, elas passam a se cobrar por não conseguir cumprir esse ideal. Essa autocobrança, portanto, pode gerar culpa e frustração.
Quais os impactos das expectativas irreais?
Expectativas frustradas geram sofrimento emocional. Algumas mães se sentem culpadas por não estarem sempre felizes, por sentirem cansaço ou por não sentirem uma conexão imediata com o bebê. Essa comparação com outras mães — ou com o que se vê nas redes sociais — pode desencadear quadros de ansiedade e tristeza profunda.
Além disso, muitas mulheres não se sentem confortáveis para compartilhar suas angústias. Como consequência, acabam enfrentando tudo sozinhas. Falar sobre dificuldades ainda é visto como sinal de fraqueza. No entanto, expressar sentimentos é parte fundamental do processo de adaptação à nova realidade.
Como lidar com as idealizações da maternidade?
O primeiro passo é acolher suas emoções sem julgamentos. Em vez de buscar a perfeição, reconheça que a maternidade real é cheia de desafios e aprendizados. Ao fazer isso, você libera espaço para cuidar de si com mais compaixão e menos culpa.
Também é importante se conectar com outras mães reais. Participar de rodas de conversa, interagir com grupos online e consumir conteúdos sinceros pode trazer alívio. Por exemplo, o post Culpa materna: como lidar com esse sentimento? oferece reflexões úteis para quem se sente sobrecarregada.
Se os sentimentos de angústia persistirem, vale buscar ajuda profissional. Cuidar da sua saúde emocional é também um cuidado com seu bebê.
Leitura complementar
O Ministério da Saúde disponibiliza informações sobre o apoio psicológico no puerpério. Além disso, a UNICEF publicou um guia completo sobre saúde mental materna, que pode ajudar em momentos desafiadores.
Você não precisa dar conta de tudo
Desconstruir as expectativas irreais da maternidade é um exercício de libertação. Quando você reconhece seus limites, abre espaço para viver uma maternidade mais leve, verdadeira e conectada com o presente. Lembre-se: o amor está nos pequenos gestos diários — não na perfeição.
O Meu Pandinha continua ao seu lado nessa jornada, oferecendo acolhimento e informações seguras para que você se sinta apoiada, em todas as fases da maternidade.
As expectativas da maternidade começam ainda na gestação
