Pai alimentando o bebê com mamadeira no colo
Puerpério

O papel do parceiro no puerpério

Pai alimentando o bebê com mamadeira no colo

O parceiro tem papel ativo e essencial no puerpério

O papel do parceiro no puerpério: presença, escuta e responsabilidade compartilhada

O papel do parceiro no puerpério ainda é subestimado por muitas famílias — e até pelos próprios parceiros. Em muitos casos, a mãe assume (ou é empurrada para) o centro de todas as demandas emocionais, físicas e práticas após o nascimento do bebê. Mas o puerpério, com toda sua intensidade, exige mais do que nunca a presença ativa, empática e responsável de quem divide a vida com essa mulher.

O que é, de fato, “estar presente” no puerpério?

Estar presente vai além de estar fisicamente em casa. Significa participar, observar, perguntar, oferecer, dividir. É perceber o que está acontecendo sem precisar que a mulher peça. Porque, nesse período, ela mal consegue pedir.

Enquanto o corpo sangra, os hormônios oscilam, o peito dói, o bebê chora e a mãe não dorme, o parceiro precisa enxergar tudo isso com olhar de cuidado — e não como “rotina normal” ou “trabalho dela”.

Uma história real que diz muito

Julia teve seu primeiro filho em um parto normal. No dia seguinte, já em casa, ela mal conseguia se levantar. Estava com pontos, inchada, insegura e exausta. Enquanto amamentava com dor, o parceiro, Daniel, foi até a cozinha, esquentou uma sopa e trouxe pra ela na cama. Depois, pegou o bebê, colocou no sling e ficou andando pela casa enquanto ela dormia. Ela acordou duas horas depois e chorou — não de dor, mas de alívio.

Esse é um exemplo simples, mas potente. O parceiro não perguntou o que fazer. Ele fez. Assumiu o cuidado, percebeu a necessidade. Isso é puerpério compartilhado.

Como o parceiro pode apoiar na prática?

  • Revezando nas madrugadas: mesmo que não amamente, pode trocar a fralda, colocar para arrotar ou embalar o bebê enquanto a mãe descansa.
  • Cuidando da casa: a louça, a roupa e o mercado não somem com a chegada do bebê — e não são responsabilidade exclusiva da mãe.
  • Protegendo emocionalmente: afastando cobranças externas, evitando visitas indesejadas e reforçando a autoconfiança da mulher.
  • Se informando sobre o puerpério: estudar sobre o que acontece com o corpo e a mente da mulher é sinal de cuidado genuíno.
  • Dizendo: “Você quer que eu faça isso por você?” ou melhor ainda: fazendo antes que ela precise pedir.

Não se trata de “ajudar” — e sim de assumir

Quando o parceiro diz que “ajuda”, ainda coloca a responsabilidade principal sobre a mulher. O que se espera de um companheiro no puerpério não é ajuda pontual, mas divisão real da carga mental e prática da maternidade. O bebê é de ambos. O cuidado deve ser também.

Leitura complementar

O post Culpa materna: como lidar com esse sentimento? ajuda a entender por que tantas mães se cobram tanto — e como o parceiro pode ser um agente de alívio dessa pressão interna.

Você também pode se aprofundar no Guia de Cuidados no Puerpério do Ministério da Saúde, voltado para profissionais e familiares, com orientações práticas para esse período tão sensível.

Parceiro: você pode fazer mais do que imagina

Não se trata de perfeição, mas de comprometimento. A mulher que acabou de parir precisa de apoio físico, mas sobretudo de alguém que valide sua dor, sua exaustão e sua importância. O parceiro que se faz presente se torna referência de afeto, confiança e cuidado — não só para a mãe, mas também para o bebê.

O Meu Pandinha acredita que maternidade e paternidade são construídas em conjunto, com amor, verdade e parceria. E o puerpério é o primeiro teste de tudo isso.

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O parceiro tem papel ativo e essencial no puerpério

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