Mãe amamentando enquanto recebe comida em um prato com torradas, ovos e tomate
Amamentação Materna

Alimentação da mãe que amamenta

Alimentação da mãe que amamenta enquanto segura o bebê no colo

Alimentar-se bem durante a amamentação também é um ato de autocuidado

Alimentação da mãe que amamenta: um ato de sobrevivência (e de amor)

Sou Akina, mãe solteira de duas meninas gêmeas. No início da amamentação, eu achei que meu maior desafio seria lidar com o cansaço ou com a pega correta. Mas não. O mais difícil foi lembrar de comer. Sério. A alimentação da mãe que amamenta vai muito além de “o que é bom para o leite”. Ela precisa ser possível. Precisa ser gentil. Precisa caber na realidade de quem mal consegue escovar os dentes com calma.

Alimentação da mãe que amamenta e o caos real do puerpério

Nas primeiras semanas, minha rotina alimentar foi basicamente o que sobrava no prato da minha filha mais velha, ou algum pão amanhecido enquanto embalava as gêmeas no colo. Só depois percebi que meu corpo estava pedindo socorro. A amamentação exige muito. Muito mais do que imaginamos.

Estamos falando de um gasto calórico enorme. Produzir leite consome energia. E se não houver um mínimo de nutrição e hidratação, o corpo sente: tontura, queda de cabelo, imunidade baixa e até tristeza. Isso tudo me pegou desprevenida — mas me ensinou na marra que comer bem é parte do cuidado com o bebê, sim.

Como tornar a alimentação da mãe que amamenta mais viável

Na prática, comecei a fazer trocas simples, que cabiam nos poucos minutos que tinha pra mim:

  • Incluí ovos mexidos no café da manhã, pra ter mais proteína e saciedade.
  • Preparei frutas cortadas em potes no dia anterior. Isso me salvava em momentos de fome repentina.
  • Deixei oleaginosas e castanhas ao lado da poltrona de amamentação, junto com uma garrafinha de água.
  • Troquei o pão branco pelo integral, mas sem neurose. Tinha dias que era bisnaguinha e tudo bem.

O segredo foi parar de buscar perfeição e começar a buscar consistência. Comer algo real, mesmo que simples. Beber água sempre que dava. Pedir ajuda para alguém montar um prato. Isso me trouxe mais disposição e, principalmente, menos culpa.

Mas afinal, o que não pode na alimentação da mãe que amamenta?

Essa é uma das perguntas que mais recebo, e a resposta pode te surpreender: depende do bebê. Em geral, você pode comer de tudo. Porém, alguns alimentos podem gerar desconforto no bebê por meio do leite (como café em excesso, chocolate, repolho ou leite de vaca).

Vale observar o comportamento do bebê após cada mamada. Perceber se há gases excessivos, irritabilidade ou refluxo. Quando houver suspeita, vale testar a exclusão temporária daquele alimento e observar.

No mais, evite dietas restritivas. Agora não é hora de emagrecer — é hora de se nutrir. Lembre-se: você está produzindo alimento para outra vida. E isso merece energia, variedade e carinho.

Você pode conferir mais orientações na Cartilha do Ministério da Saúde sobre amamentação, que reforça a importância da alimentação equilibrada no pós-parto.

Nutrição emocional e prática: comer também é cuidar

Descobri que me alimentar bem impactava mais do que minha produção de leite. Me deixava menos irritada, mais centrada, menos propensa a crises de choro aleatórias no fim da tarde (aconteciam, sim!).

Eu não tinha um parceiro para dividir o prato ou para preparar minha comida. Mas aprendi a aceitar ajuda, encomendar marmitas, montar lanches rápidos e, principalmente, deixar a culpa de lado.

Hoje, quando preparo uma refeição rápida mas nutritiva, sinto que estou cuidando não só do corpo — mas da mulher que existe por trás da mãe. E isso, no puerpério, vale ouro.

Leitura complementar

Se quiser mais ideias práticas para equilibrar a rotina, recomendo o post Sono da mãe no pós-parto: como descansar. Afinal, comer bem e descansar são pilares do autocuidado real — aquele que salva mesmo quando tudo parece um furacão.

Você merece se nutrir. Merece se sentir viva. E não precisa ser perfeito. Precisa ser possível.

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