Mãe sentada na cama com a cabeça baixa e joelhos dobrados, representando solidão no puerpério
Maternidade real

Puerpério: o tsunami emocional que ninguém te prepara

Mãe sentada na cama com a cabeça baixa e joelhos dobrados, representando solidão no puerpério

Você acabou de ter um bebê. Todos dizem parabéns. Por dentro, porém, tudo pode parecer confuso, intenso e até dolorido. Isso tem nome: puerpério.

O puerpério é o período pós-parto em que o corpo da mulher começa a voltar ao seu estado pré-gestacional. Apesar disso, o maior impacto quase sempre é emocional. Na maioria das vezes, o que muda por dentro dói mais do que o físico.

É nesse momento que nasce uma nova mãe, se inicia uma nova rotina e, muitas vezes, surge um vazio silencioso. Dessa forma, precisamos falar disso com verdade, empatia e acolhimento.

Mas afinal, o que é o puerpério?

Esse é o nome do período que começa logo após o parto e pode durar semanas ou até meses. Durante esse tempo, o corpo se reorganiza: o útero retorna ao tamanho original, os hormônios se ajustam, o leite desce, o sono desaparece — e a identidade da mulher se transforma.

Além disso, o puerpério é uma montanha-russa emocional. É comum sentir alegria e tristeza, amor e raiva, plenitude e solidão, tudo misturado num mesmo dia.

Por que ninguém te prepara para isso?

A maternidade ainda é muito romantizada. Fala-se sobre o bebê, o enxoval, a amamentação. Contudo, pouco se fala sobre o que acontece com a mulher. Sobre o medo, a exaustão, o choro escondido no banho ou a culpa por não estar feliz o tempo todo.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o puerpério exige apoio físico e emocional. Inclusive, é nesse período que surgem quadros como o baby blues e a depressão pós-parto.

Como atravessar esse tsunami emocional?

1. Nomeie seus sentimentos

Sentir tristeza, raiva ou solidão não te faz menos mãe. Reconhecer e dar nome aos sentimentos ajuda a compreendê-los. Além disso, tudo o que é nomeado tende a perder força com o tempo.

2. Peça ajuda — e aceite

Delegar tarefas não é sinal de fraqueza. Pode ser alguém segurando o bebê para você tomar banho ou escutando sem julgamentos. Você não precisa enfrentar tudo sozinha. Aliás, compartilhar o peso torna o caminho mais leve.

3. Fuja das idealizações

Nem toda mãe ama cada momento. Nem todo bebê dorme a noite inteira. E tudo bem. Ou seja, não existe um roteiro perfeito para viver esse início.

4. Encontre sua rede

Procure por pessoas que escutam com o coração aberto. Pode ser uma amiga, um grupo de mães, uma terapeuta ou perfis reais nas redes sociais. Conexão cura. Inclusive, ouvir outras histórias pode aliviar a sua.

5. Respeite o tempo

Você está renascendo. E todo renascimento envolve dor. Portanto, seja gentil consigo mesma. Com o tempo, sua nova versão vai surgir com mais força e amor próprio do que imagina.

Conclusão: o puerpério é difícil, mas você vai atravessar

O puerpério é uma travessia intensa. Embora ninguém possa caminhar por você, muitas podem caminhar ao seu lado.

Se hoje estiver difícil, respire. Chore sem culpa. Mesmo assim, saiba: isso vai passar. E quando passar, você ainda estará aqui — mais inteira, mais forte, mesmo que transformada.

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Com carinho,

Equipe Meu Pandinha 🐼💛


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